Pular para o conteúdo principal

Caso Orlando Silva: sinal de recrudescimento da extrema direita no Brasil

O pavio incendiário da mídia raivosa continua a atear fogo em todas as direções, agora querendo vincular o Ministério do Trabalho com Ongs e "corrupção".

O objetivo principal é desconstruir Dilma, que está com fisionomia própria, descolada de Lula, e ao mesmo tempo com Lula.

Pelo andar da carruagem, a oposição vai levar um coro nas próximas eleições, porque as obras estão acontecendo, com Copa, Olímpíadas. Até no PAN somos os segundos, coisa que nunca fomos. Imagine creditar isso a um comunista?

A mídia está vivendo a história do menino, pastor de ovelhas, que gritava pedindo socorro, por um falso ataque de lobos.

A comunidade que ouvia os gritos do menino subia decidida várias vezes para salvá-lo e às ovelhas.

E o que encontravam?

O menino rindo da inocência deles.

Guardadas as proporções, porque de forma alguma o PIG (Partido da Imprensa Golpista) se assemelha a um menino de más intenções, é este o panorama que vemos hoje.

A mentira está sendo proferida e muitos estão acreditando, mas até quando?

Mentira tem pernas curtas.

Logo vai clarear na visão da população as más intenções destes manipuladores de informações, vai cair por terra.

A mídia, de fato, incita o menino a mentir, para que ela à semelhança do lobo, possa dar o bote final.

O bote final é ressuscitar o morto dos escombros, o PSDB, o DEM, e resgatar os demais partidos para o seu campo de influência, rompendo o isolamento.

A nota triste foi ver o PT vir um pouco tarde em socorro, e em pequena proporção, sendo que o PC do B foi contra o Golpe do Mensalão desde o primeiro momento, quando mesmo o PT sentia o golpe e não reagia.

Li um artigo do PSTU, sobre o assunto, em seu site, e posso dizer que a direita não escreveria tão bem.

O Partido Trotskomunista Brasileiro também envolvido em afirmação de identidade perdida, esbraveja mais contra a divulgação da imagem de Prestes na Propaganda partidária, que pela perseguição claríssima que o PC do B passa pelas forças reacionárias.

O PSOL foi,desde o início, quando rompeu com o PT, um partido que não percebeu a jogada da direita, e pior, se percebeu, fez de Miguel.

A aparição de Chico Alencar para questionar Orlando Silva junto com os DEMOS e PSDB, no Congresso Nacional, foi uma traição de classe.

Irão logo para o lixo da História.

Aliás já não se entendem desde as eleições passadas, ao marginalizar a combativa Heloísa Helena.

O PC do B tira suas lições também.

Descobriu que possui uma unidade interna maior do que imaginava, sinal de uma coeão ideológica que não foi maculada.

Descobriu que o jogo está esquentando, e que, de agora em diante, é levou/bateu.

Faltou, talvez ao Ministro Orlando maior desprendimento no debate político com a escória, no sentido de ridicularizá-los diante de todos, o que não houve.

Exemplo? Ao Senador do PSDB que o inquiriu no Senado com uma pergunta:
- "Se o senhor aceitar fazer uma CPI do MInistério do Esporte, eu irei defendê-lo na tribuna amanhã, se não, o senhor perderá seu prestígio juntoa mim".

Orlando deveria ter respondido da mesma forma, propondo uma CPI na Assembléia Legislativa de São Paulo, onde Geraldo Alckmin tem o controle, e esconde milhares de desvios não divulgados pela mídia. Calaria o algoz

Fica uma constatação:

Reinicia-se nova onda reacionária com o objetivo de destruir o PC do B e tendo Dilma como objetivo final.

Os acontecimentos mostraram que a reação não passará por cima do bloco popular como pensaram, o que deve tê-los deixado ainda mais raivosos.

Que tomem então uma chazinho de camomila, e assistam a sua próxima derrota.

O desgaste da refrega foi mútuo, e atingiu um pouco a todos.

É dormir com um olho aberto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Homenagem a frei Giorgio Callegari, o "Pippo".

Hoje quero fazer memória a um grande herói da Históra do Brasil, o frei Giorgio Callegari. Gosto muito do monumento ao soldado desconhecido, porque muitos heróis brasileiros estão no anonimato, com suas tarefas realizadas na conquista da democracia que experimentamos. Mas é preciso exaltar estas personalidades cheias de vida e disposição em transformar o nosso país numa verdadeira nação livre. Posso dizer, pela convivência que tive, que hoje certamente ele estaria incomodado com as condições em que se encontra grande parte da população brasileira,  pressionando dirigentes e organizando movimentos para alcançar conquistas ainda maiores, para melhorar suas condições de vida. Não me lembro bem o ano em que nos conhecemos, deve ter sido entre 1968 e 1970, talvez um pouco antes. Eu era estudante secundarista, e já participava do movimento estudantil em Pinheiros (Casa do estudante pinheirense - hoje extinta), e diretamente no movimento de massa, sem estar organizado em alguma escola,