Socialismo cubano abre relações para com membros do partido, que tenham vida religiosa


Se pensarmos o socialismo como um sistema de grande liberdade de expressão e de opinião, onde as grandes massas possam expor os seus pensamentos, a dimensão religiosa não poderá ficar excluída desta liberdade.

Muitos são os fatores que geraram o fundamentalismo religioso no mundo, seja ele cristão, ou islâmico, ou induísta, ou budista.

Mas a discriminação e a proibição da expressão religiosa, não pode ter contribuído para o crescimento deste fundamentalismo?

Se houvessem espaços nas esferas do poder para a expressão religiosa, não se teria impedido, de alguma forma o fundamentalismo? Veja-se nos países árabes hoje, onde o fundamentalismo renasce de uma exclusão de longo prazo.

Observando os países que fizeram grandes revoluções, ainda assim, não se encontrou algum sem crença.As crenças continuaram, de alguma forma, explicita ou clandestinamente. Veja artigo da Prensa Latina, muito interessante, onde o líder Raul Castro faz uma crítica à discriminação religiosa e pede mudanças de atitudes.


Raúl Castro: visão excludente impede mudanças e avanços



O presidente cubano Raúl Castro declarou nesta segunda (1) que mudar a mentalidade é indispensável para poder dar andamento às mudanças necessárias no país e garantir irrevogavelmente o caráter socialista do processo vivido por Cuba.

Ao resumir a sessão plenária da Assembleia Nacional do Poder Popular, Raúl se referiu ao que denominou como doloroso incidente causado por erros que levaram à destituição injusta de uma funcionária, a qual desempenhava suas funções com bons resultados.

A mulher demitida era membro do Partido Comunista de Cuba (PCC) e foi afastada em função de suas crenças religiosas e participação em cultos. Castro definiu a atitude como uma flagrante violação dos direitos de cidadania garantidos pela Constituição, que condena qualquer forma de discriminação, seja por crença ou raça.

O governante apresentou este fato como exemplo dos danos causados às pessoas e à própria Revolução em função de conceitos ultrapassados e contrários à lei. Apesar disso, eles estão arraigados à mentalidade de alguns dirigentes em todos os níveis do governo.

Voltando ao incidente, afirmou que se a ex-funcionária desejar ela poderá voltar ao cargo como forma de reparação moral.

Sempre afirmamos, declarou Castro, que nosso pior inimigo não é o imperialismo muito menos os assalariados cubanos, mas os erros que cometemos e que são analisados em profundidade, transformando-se em lições, acrescentou.

Concluiu dizendo que é urgente revisar a visão estreita e excludente, lembrando que a Revolução já havia superado o passado de confronto com algumas instituições religiosas, em etapas nas quais o sistema estava se consolidando e atitudes equivocadas ocorriam em maior ou menor freqüência. E enfatizou que acabar com essas perseguições é fundamental para consolidar a independência e soberania nacional.

Redação com informações da Prensa Latina




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