O homem de hoje foge das igrejas,
esconde-se dos partidos políticos,
esquiva-se das rodas de amigos.
Homem que sabe de tudo
e não convive com outros.
Revolta-se em seu precioso
cubículo informatizado,
alegra-se em sua rede
de relacionamentos,
confidencia pensamentos
que nunca porá em prática.
Não há o sol das manhãs
nem os descansos das tardes
ou chuvas inesperadas
e incômodas.
Existem expressões
dos tempos,
artificiais,
para fazer
as vezes
do sol
do vento
roçando
a tela
da pele.
Existem milhares
de solidões
sonâmbulas,
distraídas
de companhias,
presentes
na ausência.
Existem zumbis
informatizados,
DNA ilógico
das madrugadas vãs
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