Pular para o conteúdo principal

Porque Marina não ganhou a eleição: As contradições entre o crescimento econômico e o nosso ambientalismo

As eleições para presidente do Brasil já foram e estão bem distantes de agora, mas a Campanha da Fraternidade com o lema "Fraternidade e a vida no planeta", e um desentendimento de Marina no PV, com possibilidade até de sair do partido, me fazem refletir sobre este tema.

O movimento ambiental no Brasil de hoje fala em se produzir o suficiente e consumir o suficiente.

Este tem sido, aliás, meu hábito conforme minha vida tem caminhado para o outro lado do Cabo das Tormentas. Estou dando roupas, vivendo modestamente, sendo econômico.

Os ambientalistas falam em preservar as reservas de água, as matas, se colocam contra a construção de Bel Monte, contra o mal uso dado aos resíduos de toda espécie, os lixos que entopem tudo nas cidades.

Olhando á distância, considero existir uma oposição entre ambientalismo e crescimento econômico, dando a impressão de que os ambientalistas tem outra proposta de crescimento, bastante diferente da atual empreendida por Dilma.

Dilma tem claro  a posição: crescer pelo menos 5% ao ano, para alçar o país em posição de destaque no mundo, e erradicar a pobreza.

E aí está a razão do porque Marina não ganhou a eleição.

Retirando o fato dos Serristas migrarem seus votos em sua direção quando perceberam que o ex-governador de São Paulo não venceria, ela perdeu porque não convenceu, apesar de seu discurso bonito de preservacionista, que faria o país continuar a crescer.

Aí a corda arrebentou e ela saiu.

Esta questão continua no mesmo pé, sem alterações significativas.

Lembro-me que Lula perdeu duas eleições, e só venceu quando se transformou em "Lulinha paz e amor".

Pode ser engraçado, mas o eleitorado viu que ele tinha propostas confiáveis e não aventureiras para dirigir a nação.

O Brasil pede passagem, mas não podemos crescer destruindo.

É preciso fazer a preocupação ambiental assumir importância na agenda do desenvolvimento.

Ir questionando novas formas de solução de problemas, com soluções amplas. As pequenas também, mas devem ser implementadas em grande quantidade para poderem vingar.

Como disse um ambientalista que ouvi estes dias, O Fabiano Facó: voce compraria uma furadeira elétrica para usá-la uma vez por ano, e depois a colocaria no depósito, acumulando um produto improdutivo dentro de sua casa?

Como vêem esta é uma das muitas questões que se colocam hoje.

Podem parecer bobas, mas tem no fundo uma crítica ao industrialismo inócuo.

Me sugeriram a leitura do texto da Campanha da Fraternidade. Lerei e digo depois.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...