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Bento XVI exige diálogo na Líbia para calar as armas

Saiu no Zenit


Bento XVI pediu ontem aos "organismos internacionais" e a todas as partes envolvidas que retomem o diálogo na Líbia e, em geral, nas crises que ocorrem no Oriente Médio, para suspender "o uso das armas".

Ao concluir, no último domingo, a oração mariana do Ângelus junto a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Pontífice pediu que se desse prioridade à "busca de uma convivência justa e fraterna".

Em sua intervenção mais ampla sobre este conflito, desde que, em 19 de março, começaram as operações armadas da coligação internacional contra alvos militares regime líbio, o Papa confessou que neste momento "cresce meu temor pela proteção e segurança da população civil, e minha inquietude pela evolução da situação, atualmente marcada pelo uso das armas".

De acordo com o Bispo de Roma, "nos momentos de maior tensão, torna-se mais urgente a necessidade de recorrer a todos os meios da ação diplomática e apoiar qualquer sinal, por mais fraco que seja, de abertura e de desejo de reconciliação entre todas as partes envolvidas na busca de soluções pacíficas e duradouras".

O Papa garantiu sua oração "pelo retorno à harmonia na Líbia e em toda a região norte-africana" e dirigiu um apelo urgente "aos organismos internacionais e a todos os que têm responsabilidades políticas e militares em favor da abertura imediata de um diálogo, para suspender o uso das armas".


Finalmente, Bento XVI se dirigiu "às autoridades e aos cidadãos do Oriente Médio, onde nos últimos dias tem havido casos de violência, para que lá também se privilegie o caminho do diálogo e da reconciliação na busca de uma convivência justa e fraterna".

Preocupação pela população

É a segunda vez que o Papa levanta a sua voz para promover a paz na Líbia. No último dia 20 de março, instou os líderes políticos e militares "para que deem prioridade, acima de tudo, à proteção e à segurança dos cidadãos e garantam o acesso à ajuda humanitária".

O Santo Padre assegurou ao povo da Líbia "minha proximidade, enquanto peço a Deus que um horizonte de paz e harmonia surja o mais rapidamente possível na Líbia e em toda a região do norte da África".

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