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Alguma notícia presta?

Procurei por matérias interessantes, daquelas que acrescentam alguma coisa à nossa vida, e nada.

Não havia nenhuma notícia interessante. Tudo era uma porcaria.

Que os supermercados deixarão de usar sacolas plásticas; bem se vocês acham boa esta matéria, e já penso que terei que comprar alguma sacola, porque o supermercado não fará isto por mim.

As empresas estão colocando menos produtos nas embalagens, e vendendo pelo mesmo preço, jogando sobre nossas costas a diferença?  Mas eu sei que o leitor tem consciência de que as empresas, não todas, são assim, só visam o lucro e o consumidor que se lixe.

Que a estrada estava congestionada na volta do feriado? Todos sabem também.

Sobre vacinação antigripe? Não sou serviço social.

O final do Campeonato Paulista? Sem novidade. Sobraram os de sempre, os times grandes.

Os orelhões serão desativados. Mas quem usa orelhões ainda?

Governo que reduzir pensões por morte? Então querem que eu me revolte também com algo que ele, o governo, ganhará.

Que está aumentando o número de vagas de trabalho na faixa acima dos 50 anos? Pois então me digam, onde é, que eu não sei.

Que o Aécio deve ter bebido e por isso não fez o teste do bafômetro? Alguém ainda tem duvidas?

O Papa, de um lado, pede que a Europa acolha os refugiados africanos, e a Europa, de outro, com crescimento populacional negativo, recusa, revelando um desentendimento geral, quando poderiam solucionar tudo juntos, não é?

Que em Guantânamo sempre houve tortura, é novidade? E que Obama não conseguiria desativar, também não é novidade, não é mesmo?

Que a europa está estagnada, e os EUA querem retomar o desenvolvimento?

Que a miséria continua, embora Dilma diga que vai acabar?

Olhe bem, estou literalmente cheio desta vulgaridade de ter de encher as pessoas com informaçãoes que não agregam nada à vida.

Então à esta imprensa que precisa de notícia para sobreviver, esta fábrica de falsas notícias, que nos amarram em tensão permanente, tenho a dizer.

- Está proclamada a falta de notícias!!!


À partir de agora vale o meu contato pessoal, como notícia. O bom dia é notícia, o comprar o pão e o leite é notícia, o pegar o ônibus é notícia.

Beijar a mulher é a maior das notícias. Levá-la para a cama, é censurável, mas digo baixinho, é impublicável.

Atender telefonemas, são meias notícias.

Ver televisão, é matéria ilusória.

Levar o cão para passear, traz grandes novidades.

Mas trabalhar, é notícia requentada.

Ir ao banheiro, para o banho e serviços gerais, são notícias de bastidores.

Isto é notícia hoje.

Você é notícia!

Eu sou notícia!

Não a internet!

Não os Jornais!

Não a televisão!

Pronto, publiquei...

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