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O véu: religiosidade pode conter discriminação de gênero?

Acaba de entrar em vigência na França a proibição do uso da burca e do niqab.

O primeiro cobre todo o rosto e os olhos ficam com uma tela, e o segundo cobre todo o rosto, e apenas os olhos ficam  expostos.

Outros tipos de véus que mostram o rosto são normalmente tolerados.

Esta medida foi tomada pelo governo Sarkozy, ncionalista de direita e intervencionista, com ou sem OTAN, deixando os EUA enciumados pelo seu saudosismo colonialista.

O outro lado não é menos pior.

Grande parte dos governos islâmicos proibem que mulheres circulem pelas ruas sem véus (Hijab, Shayla, Chador, Al Amira), mesmo as que não são islâmicas.

Alguns regimes que adotam o islamismo, mas com características laicas, como a Turquia, Egito, Tunísia, e Síria proíbem o uso dos véus em prédios´públicos e escolas, mas não nas ruas.

Estas são questões políticas e institucionais, mas devemos também considerar porque esta obrigatoriedade de véu só se dá para as mulheres e os homens não usam?

As  mulheres são mais incitadoras ao pecado do que os homens? Não creio.

O problema está quando elas não consideram o uso do véu como uma discriminação de gênero.

Aí o trabalho de libertação exige mais pois é costume secular.

Está na doutrina, que se mistura com leis governamentais.

O problema está na obrigatoriedade do uso nos países islâmicos, em posição à liberdade de uso nos países ocidentais.

Parece que a França aderiu ao hábito da proibição também, o que não é propriamente uma atitude cristã, mas revanchista, o que radicaliza a questão, e dificulta o diálogo inter-religioso

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