Podemos completar esta questão com outra, que se segue:
A minha crença, a fé que professo, aceita questionamentos que venham de outras expressões religiosas, ou as cerceia?
Quando existe a crítica, estamos a caminho da verdade.
A crença, uma fé, tem que estar sujeita a crítica, para podermos ver se ela se sustenta.
Por isso uma fé deve estar fundada em dados que permitam ao homem argumentar a favor de seu testemunho de fé.
Fé refletida e submetida ao fogo incandescente, que suporta torturas e entrega a própria vida.
Fé que não precisa decorar o texto sagrado, mas lê e medita.
Embora a palavra decorar esteja ligada a coração, a dizer de coração, o termo "decorar" perdeu este sentido, significando uma assimilação de um conceito sem necessariamente entender bem o seu significado.
Existem crenças hoje que jogam com a decoração constante de suas leituras sagradas, o que expressa a falta de confiança de que o mesmo seja realmente guardado no coração.
O cristão aprendeu a ler orando, e orar lendo, pois há uma compreenção que excede o senso comum e só pode ser assimilada dentro de uma perspectiva de fé.
Isto se quiser ler e orar, porque o cristianismo não obriga
O cristão aceita ser questionado, e aprende com o questionamento.
Estes 2.000 anos de cristianismo tornaram o cristão alguém aberto ao contraditório, e de curiosidade para com o outro, até como ponto de auto convencimento de sua própria fé.
Isto, infelizmente não ocorre com certas religiões, que introduzem em suas liturgias muitos textos decorados, que normalmente deveriam ser lidos e refletidos.
A crítica, por outro lado, deve ser também responsável, isto é, voltada a se chegar à verdade, a construir uma compreenção superior, ao encontro possível entre as partes.
É o que chamamos hoje de ecumenismo, entre os cristãos de várias profissões, e ao diálogo inter-religioso, com as diversas religiões existentes. Um nova conversão.
O problema se coloca quando determinadas religiões colocam seus preceitos nas legislações de seus países, impondo costumes desta religião para toda a população, que não necessariamente professa a mesma crença.
Os países onde existe o cristianismo aprenderam, a duras penas que deve haver uma separação entre religião e estado.
Não queremos dizer ruptura, mas separação.
O cristianismo, por sua própria característica, não deseja impor sua crença a ninguém.
O cristianismo busca o interior do homem, e não a lei.
Vem com São Paulo esta concepção, ou seja desde o início do cristianismo.
O islã já possui uma característica de complementaridade de seus preceitos com a legislação nacional dos seus países, apresentando características fortes de estado teocrático.
Concluindo: tem mais fundamento em sua fé aquela religião que não precise impor sua crença contra a vontade da pessoa.
Devemos lutar por um mundo onde a democracia e a liberdade religiosa estejam acima dos estados teocráticos e fundamentalistas.
É o que esperamos para o século XXI
A minha crença, a fé que professo, aceita questionamentos que venham de outras expressões religiosas, ou as cerceia?
Quando existe a crítica, estamos a caminho da verdade.
A crença, uma fé, tem que estar sujeita a crítica, para podermos ver se ela se sustenta.
Por isso uma fé deve estar fundada em dados que permitam ao homem argumentar a favor de seu testemunho de fé.
Fé refletida e submetida ao fogo incandescente, que suporta torturas e entrega a própria vida.
Fé que não precisa decorar o texto sagrado, mas lê e medita.
Embora a palavra decorar esteja ligada a coração, a dizer de coração, o termo "decorar" perdeu este sentido, significando uma assimilação de um conceito sem necessariamente entender bem o seu significado.
Existem crenças hoje que jogam com a decoração constante de suas leituras sagradas, o que expressa a falta de confiança de que o mesmo seja realmente guardado no coração.
O cristão aprendeu a ler orando, e orar lendo, pois há uma compreenção que excede o senso comum e só pode ser assimilada dentro de uma perspectiva de fé.
Isto se quiser ler e orar, porque o cristianismo não obriga
O cristão aceita ser questionado, e aprende com o questionamento.
Estes 2.000 anos de cristianismo tornaram o cristão alguém aberto ao contraditório, e de curiosidade para com o outro, até como ponto de auto convencimento de sua própria fé.
Isto, infelizmente não ocorre com certas religiões, que introduzem em suas liturgias muitos textos decorados, que normalmente deveriam ser lidos e refletidos.
A crítica, por outro lado, deve ser também responsável, isto é, voltada a se chegar à verdade, a construir uma compreenção superior, ao encontro possível entre as partes.
É o que chamamos hoje de ecumenismo, entre os cristãos de várias profissões, e ao diálogo inter-religioso, com as diversas religiões existentes. Um nova conversão.
O problema se coloca quando determinadas religiões colocam seus preceitos nas legislações de seus países, impondo costumes desta religião para toda a população, que não necessariamente professa a mesma crença.
Os países onde existe o cristianismo aprenderam, a duras penas que deve haver uma separação entre religião e estado.
Não queremos dizer ruptura, mas separação.
O cristianismo, por sua própria característica, não deseja impor sua crença a ninguém.
O cristianismo busca o interior do homem, e não a lei.
Vem com São Paulo esta concepção, ou seja desde o início do cristianismo.
O islã já possui uma característica de complementaridade de seus preceitos com a legislação nacional dos seus países, apresentando características fortes de estado teocrático.
Concluindo: tem mais fundamento em sua fé aquela religião que não precise impor sua crença contra a vontade da pessoa.
Devemos lutar por um mundo onde a democracia e a liberdade religiosa estejam acima dos estados teocráticos e fundamentalistas.
É o que esperamos para o século XXI
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