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Matando "impuros" em nome de Jesus: a distorção na fé e a morte de pequenos inocentes

Não há lição que se possa tirar deste horror, paraticado por um jovem psicopata, com formação religiosa fundamentalista, e demitido por queda de produção.

Ocorreram as pré-condições para esta tragédia.

Sua psicopatia poderia ter sido resolvida com interferência familiar.

Sua religiosidade poderia ter sido aberta e para o mundo.

Seu empregador poderia interessar-se por sua baixa produtividade e desejar apoiá-lo.

Nada disto aconteceu, e foi minando sua bestial idéia de eliminar crianças.

Tantas famílias colocaram o seu carinho e a sua esperança a estas meninas e meninos mortos.

Existe consolo de alguém para eles? Ninguém os consolará.

Somente Deus em seu amor infinito poderá, ao longo do tempo, ir colocando compreenção e paz nestes corações que continuarão feridos pela vida à fora.

São santos inocentes.

Foram mortos sem motivos, por uma frustração doentia de um rapaz que sofreu bullying de outros meninos em épocas passadas.

Mas foi suficiente para ele estabelecer um nexo de vingança.

Nunca surgiu uma moça que pudesse com seu amor, quebrar-lhe esta fixação mórbida.

Nunca veio a família com um carinho maior  e  assistência constante, com autoridade.

Não houve solidariedade do empregador com seu problema, demitindo-o.

Aliás, se ele era psicótico, como o exame psicotécnico da empresa não detectou isto na sua contratação?

Quando os ateus e agnósticos dizem que muitos crimes tem fundo religioso, tem lá suas razões sim.

Basta ler a carta deixada por Wellington, onde ele caracteriza as pessoas como impuras e puras, numa clara referência ao antigo testamento, livro do Levítico.

São expressões que interpretadas de forma errada, acabam por considerar o mundo impuro e pouco puros, de preferência de sua igreja particular.

Existem igrejas que tem responsabilidade na hermenêutica dos textos bíblicos, porém há outras que nutrem seu clubinho dos puros, infelizmente. Uma igreja destas, mais um psicótico, é perigo na certa.

Os países deveriam ser mais criteriosos na legilação que regula a formação de igrejas pelo nosso país.

Quem é craque em barbáries é os EUA, que possuem milhares de igreja, com algumas bem fundamentalistas, que acobertam muitos doentes, ou formam doentes, em nome de Jesus.

A distorção é grande, e vemos o Brasil embarcando nesta libertinagem religiosa já há umas 5 décadas.

Cada um mostrando seu pedaço de Deus.

Recentemente um cartunista da folha foi assassinado por um psicopata religioso também, ou será que já nos esquecemos?

A palavra com os congressistas, menos a bancada evangélica.




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