A cracolândia em plena Virada Cultural

Hoje fui passear com minha esposa na Avenida Rio Branco, de São Paulo, para almoçar.

Buscávamos um local para estacionar o nosso carro.

Ocorre que o centro todo está com o trânsito alterado devido as múltiplas atividades da Virada Cultural, que aí se desenvolvem.

Isto é muito bom, pois dá oportunidades para muitos grupos se apresentarem para o público, ou como disse minha esposa, para as várias tribos presentes.

Mérito para o prefeito Gilberto Kassab. Tenho que reconhecer que ele está se movimentando, seja politicamente, fundando um novo partido, seja na gestão.

Vimos turistas, tribos diversas, e povo das muitas regiões de São Paulo, andando pelo centro.

Para chegarmos ao "Sujinho" e almoçarmos, um restaurante tradicional de bistecas na esquina da Rio Branco com a Ipiranga, tivemos que dar umas voltas, desviando-nos dos isolamentos que DSV colocou.

Foi quando, inevitavelmente, atravessamos pelo meio a Cracolândia, que estava à toda, em plena luz do dia, cheia de pessoas sentadas na calçada, fumando a droga em seus cachimbinhos.

São pessoas em estado lastimável. Verdadeiros zumbis. Todos sujos, parecendo ter voltado de uma guerra.

Se existe um tampão do inferno que se abre sobre a terra, este lugar é a cracolândia.

O policiamento hoje é muito grande e está em toda a parte, menos na cracolândia.

Lá o policiamento só vai quando alguém precisa fazer um pouco de marketing para saciar a opinião pública.

Porque a realidade é que, tanto as autoridades quanto a polícia sabem, não há solução de curto prazo para estes dependentes, que se drogam à luz do dia, em bandos desesperados por uma pedrinha que seja.

Passamos observando estes abandonados, que nem se importavam conosco.

Fico pensando como Dilma resolverá esta questão, colocada como proposta de campanha 

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