sábado, 30 de abril de 2011

São Paulo sempre na contra-mão

Nestas últimas semanas começou um frio em São Paulo.

O tempo que era quente e claro, foi se transformando em frio e nublado.

No início resisti com as camisas de mangas curtas, como no verão, mas no decorrer do frio fui sendo levado a usar outras, de mangas compridas.

Só que o frio não era o dia inteiro, muito pelo contrário, era principalmente pela manhã e já ao final da tarde.

Assim vestia as camisas de mangas compridas, e lá pelas 10 horas esquentava e lá estava eu suando às pencas com uma roupa de frio.

Quando voltava a esfriar estava todo suado e com aquele odor não tão agrádável. 

Não apenas eu, mas a maioria dos paulistanos.

Outro aspecto interessante foram as formações de nuvens, convidativas para a chuva.

Como sou uma pessoa precavida, passei a carregar um guarda-chuva, diariamente.

Infelizmente, carreguei para nada, pois choveu muito pouco, servindo mais como um transtorno, ou um incômodo para o meu deslocamento.

Agora, ao final da tarde, quando saio para a Faculdade de Teologia, dou uma boa olhada para o céu, e faço minhas inferências, se vai ou não chover, terminando na maioria das vezes carregando o guarda-chuva.

Um dia destes, entretanto, ao olhar fiquei em dúvida. Como minha esposa estava ao meu lado disse-lhe:

- Vai chover hoje à noite? - Respondeu-me prontamente:

- Não, vai ficar apenas nublado, mas não irá chover.

Guardei o guarda-chuva e fui embora.

Já na Faculdade, lá pela terceira aula, relativamente perto de ir embora, despencou uma baita chuva, daquelas de molhar tudo, inundar.

Lembrei-me imediataente de minha esposa me recomendando sair sem o guarda-chuva, e pensei que fora um tolo ao não seguir minha própria intuição.

Chegando em casa, bem mais tarde que o habitual, devido a espera que a chuva passasse, lembrei-a de sua opinião, o que a deixou desconsolada.

Passaram-se alguns dias.

Novamente ao sair, olhei para o céu e vi o tempo nublado.

Coincidentemente, eis que minha esposa estava de novo ao meu lado. Perguntei-lhe:

- Será que vai chover agora à noite? - Respondeu-me:

- Se vai chover eu não sei, só sei que é bom você levar o guarda-chuva, senão eu vou ficar sendo responsável por você ficar molhado.

Eu não tenho jeito mesmo.

Um comentário:

alex disse...

Me lembrou minha infância um pouco. Um que de nostalgia... Gotas de garoa, tempo que não volta, presente explícito. Somos uma caixa de reentrâncias que se renova todo dia. Muito belo

obrigado

Alex

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