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Mundo está ficando pequeno para as potências

Está cada vez mais difícil os EUA ou a Europa, com a França e a Inglaterra principalmente, de um lado, e a China, e os emergentes de outro, ficarem sem provocarem fricções entre si, sobre as diversas situações e conflitos que estão ocorrendo no mundo.

Os emergentes puxando para cima o consumo e a produção no planeta, enquanto os EUA tratam de inflacionar o mercado mundial desvalorizando o dólar, para abrir oportunidades de exportações, e levantar sua economia.

Não se visualiza uma solução para o grande endividamento dos americanos, hoje em US$14 e US$ 15 trilhões  que prosseguem emitindo dólar sem parar. Chegará o momento em que o dólar será desmascarado como moeda de troca. O sistema financeiro mundial do pós-guerra tremeu , quando a agência Standard & Poor's (S&P) reduziu sua perspectiva para a dívida soberana dos Estados Unidos pela primeira vez.

Como o mundo está guardando dólares em seus Bancos Centrais, a coisa ficará complicada.

A alta do ouro é sinal evidente de que o valor do dólar está caindo.

O pior é que a economia mundial está cada vez mais entrelaçada, com as partes em conflito, investindo nas economias uns dos outros. A crise, quando estourar, repercutirá amplamente. Os emergentes querem comercializar utilizando suas próprias moedas, mas isto é ainda irrisório, frente ao volume total de negócios em dólares.

A crise imobiliária não terminou, com vários países insolventes, esperando ajuda da comunidade européia.

A islândia está dando o calote de sua dívida, mas Portugal está buscando saídas, a Espanha idem, a Grécia também.

Esta crise atingiu inicialmente bancos que financiavam a venda de imóveis nos EUA. Depois repercutiu nos bancos europeus, que haviam comprados estes papeis. Hoje a repercução está já nos governos europeus.

Os EUA fingem que não tem nada a ver com isto, e procuram retomar o controle mundial, tomando iniciativas de ocupações e bombardeios, que durante a União soviética jamis faria.

Por enquanto a China está fazendo críticas verbais e mantendo-se neutra, mas os interesses chineses estão cada vez maiores no mundo, e a possibilidade de um novo confronto mundial pode sim se realizar num prazo mínimo de 10 anos e com grandes possibilidades nos próximos 20 anos, porque o mundo está ficando pequeno para tanto conflito de interesses.

A Rússia está fingindo-se de morta. O Japão está rendido com o Tsuname, e com a economia paralizada.

O Brasil, até o final do Governo Lula tinha maiores pretenções de influir nos temas internacionais, e esteve de certa forma isento da crise imobiliária. Agora, com a desvalorização do dólar, está iniciando também a desvalorização do real, como saída. Creio que a saída seria iniciar uma política mais intervencionista na economia brasileira, e m vez de desvalorizar a moeda, pois isto traz problemas posteriores.

Com Dilma interesses brasileiros ficaram novamente circunscritos à América Latina, como se por aqui isto fosse necessário.

Não creio estar fazendo ficção.

Há uma economia mundial caminhando para o confronto.

Só não se sabe exatamente quando e como se dará este conflito, mas que tudo mostra que as partes não abrem mão de suas políticas, e seguindo o trote da carruagem, é possível ver aí na frente conflitos maiores.

Comprem um sitiozinho mais afastado dos centros urbanos, e procurem viver com recursos produzidos por lá mesmo. Será de grande valia para a qualidade de sua vida desde agora, e de tabela deixará vocês resguardados de problemas imprevistos.

Quisera estar em silêncio e não falar nada disto. Mas não posso me calar. Seria uma omissão com o meu país. Volto a dizer, não sou alarmista nem desejo que crises. Só não aceito ver os problemas caminharem para o precipício e ninguém falar nada.

Deixo um artigo interesante que li sobre o endividamento das potências, obtido na Ag Estado.

AE - Agencia Estado

RIO - A dívida de um punhado de países ricos aumentou em US$ 16 trilhões (mais que o PIB norte-americano) desde 2007, e atinge hoje US$ 42 trilhões, ou 61% do PIB global, representando uma das principais ameaças à recuperação da economia mundial. Esse endividamento pesa hoje sobre Estados Unidos, países da zona do euro, Reino Unido e Japão, justamente a parte mais rica do mundo, que por séculos foi o motor e a vanguarda da expansão da prosperidade humana. Em 2007, antes da crise econômica global, a dívida dos países ricos era de US$ 26 trilhões, e correspondia a 47% do PIB global.
Nesta semana, os mercados globais entraram em estado de choque com a notícia de que a famosa agência de rating (classificação de risco de crédito) Standard & Poor''s havia colocado a nota dos Estados Unidos em "perspectiva negativa". A decisão da S&P não significa que os EUA já foram rebaixados, mas sim que existe uma chance em três de que isto venha a ocorrer em dois anos. Essa simples possibilidade, porém, já é suficiente para mexer com um dos mais importantes pilares do sistema financeiro global.

Desde que a agência iniciou a classificação do crédito do governo americano, há cerca de 70 anos, o rating sempre foi AAA, o máximo possível. Considerada como risco zero, ou pelo menos risco mínimo, a dívida americana sempre foi vista como o piso a partir do qual o risco de todos os outros créditos é medido. Assim, a chance de que a qualidade de crédito dos EUA venha a deixar de ser o parâmetro para avaliar os demais riscos embaralha as perspectivas da economia global num momento que já é particularmente confuso.
O problema norte-americano é que, com a crise global de 2008 e 2009 - e os grandes déficits públicos que foram usados como alavanca para relançar a economia -, a dívida pública explodiu. Segundo os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta do governo dos EUA saltou de 62% do PIB em 2007 para projetados 99,5% em 2011 (e deve chegar a 112% em 2016). Hoje, a dívida está entre US$ 14 trilhões e US$ 15 trilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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