Orquestra Sinfônica Brasileira toca a Marcha Fúnebre

Quem diria, aqueles que são responsáveis por trabalhar a nossa alma, em elevar a nossa sensibilidade, até fazer-nos mergulhar na compreenção do Divino, são uns capetas desaforados.

Artistas como o pianista Nelson Freire e Cristina Ortiz e o Maestro Roberto Tibiriçá cancelaram os seus concertos inconformados pelas demissões por justa causa de 32 músicos.

Qual foi o seu erro? Recusarem-se a fazer esta avaliação. Apenas 35 dos 82 músicos fizeram a avaliação

A última matéria que fiz sobre esta crise haviam dois demitidos por justa causa.

Tudo começou em janeiro, ocasião em que os músicos receberam uma carta informando que passariam por audição de avaliação.

Por trás destas avaliações está um corte de verbas que impossibilita a manutenção do mesmo quadro de músicos.

A forma que a direção da OSB encontrou para reduzir o quadro foi realizar uma avaliação de desempenho.

Ora, qualquer profissional de RH sabe que as avaliações de desempenho não são um teste único, separado do período avaliado, e que jamais devem ser utilizadas para por alguém na forca. Muito ao contrário, é um instrumento de desenvolvimento e valorização

Este tipo de prática representa uma covardia de quem está no comando da avaliação.

Já presenciei situações assim em algumas empresas, em que a gerência em sua possessividade por tornar a todos iguais a ele, demitiu uma simples e inofensiva funcionária, simplesmente porque ela pensava diferente. E a avaliação não contou com sua presença.

Que sinfonia sairá desta OSB desfalcada de 32 músicos de alta qualidade, a Marcha Fúnebre de Chopin.

Com a palavra a FOSB, instituição responsável pela manutenção da OSB.

Agora é hora de vermos o Ministério da Cultura intervir, ou não ?






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