Chove à noite em Sampa

Indo para o meu curso de teologia na PUC Santana, peguei uma baita chuva na ida, com o Metrô em velocidade um pouco reduzida.

Até aí, tudo bem.

O problema é o calor dentro do vagão.

Parece que a direção do metrô adora carros quentes.

Lá dentro as pessoas suavam silenciosamente. Eu também.

Vai entender o que passa na cabeça destes senhores que mandam nos trens de São Paulo, que decidem a temperatura interna dos vagões.

Os  trens novos quando entraram em circulação eram geladinhos e todos se surpreenderam com o ar condicionado, porque viviam no calor dos trens antigos.

De repente, mudaram a temperatura dos trens novos, e ficou tudo exatamente igual ao trens antigos que não tem ar condicionado.

Dá para acreditar?

Hoje era prova de Filosofia Antiga, que abrangia a Mitologia grega, os Pré-socráticos, até o helenismo.

Os colegas de classe estavam um pouco em suspense, mas a classe é abençoada.

Grande é o interesse de todos no crescimento intelectual, e na busca da verdade.

Na volta vi um bom número de moradores de rua se arrumando para dormir em algum lugar que os protegesse da chuva, lá na Estação Mal. Deodoro.

Depois dizem que eles são pinguços, mas chovendo, todos com as roupas molhadas, ao relento, como irão se aquecer?

Não concordo com a marvada da pinga, mas tenho que dizer, eu entendo eles bebendo a caninha nestas horas. O problema é beber sempre e sem medida.

Será que o Governo está interessado nestas pessoas?

Disseram que iriam erradicar a miséria do país em quatro anos. (sic)

Na época das eleições eu acreditei que sim.

No momento encontro-me sinceramente em dúvida.

Vão resolver nada, a miséria.

Só uma revolução acaba com isso, e olhe lá!

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