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Europa decepciona Santa Sé na atual crise migratória


Saiu no Zenit. É importante ver que a Europa com a França e Itália bombardando a Líbia, a mesmo tempo que reconhecem um governo que não existe, e ainda por cima, devolvem imigrantes que fugiam do conflito. Houve inclusive naufrágio e nada de solidariedade.

Muitos morreram na travessia. Outros milhares tiveram que fugir dos bombardeioss.
Fecha as fronteiras a refugiados de países do norte da África


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 14 de abril de 2011 (ZENIT.org) - O fechamento europeu das fronteiras diante da onda de imigrantes e refugiados provocados pelos conflitos no norte da África decepcionou a Santa Sé.


O cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado de Bento XVI, manifestou nessa terça-feira sua decepção, em palavra divulgadas ontem por ‘L'Osservatore Romano’.


“Não há dúvidas de que a Europa decepcionou profundamente” nesta emergência, afirmou o cardeal italiano. “A Europa perdeu seu espírito profundo, um espírito de grande solidariedade perante todos os povos da Europa e depois entre os demais povos. Pensemos na África, da qual tanto se abusou: parece que a Europa lhe deu as costas”.


Os ataques aéreos contra o regime da Líbia, promovidos entre outros por Estados europeus, provocaram a fuga por terra de mais de 500 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR). Dezenas de milhares de pessoas seguiram por mar tentando chegar à Itália ou a Malta.


Segundo o ACNUR, teme-se que na travessia entre a África e a Europa, nas últimas duas semanas, tenham perdido a vida 800 emigrantes. Além disso, dos 250 falecidos no naufrágio de 6 de abril no Canal da Sicília, nada se sabe das 560 pessoas que se lançaram ao mar em três embarcações que não alcançaram seu destino.


Apesar dessa emergência, a França e outros países europeus impediram a passagem desses imigrantes a partir da Itália, deixando este país sozinho na gestão da crise.


“Queremos levantar a voz para que esta Europa volte a encontrar sua alma, uma alma de grande solidariedade e generosidade com estas populações que enfrentam a emergência e grandes necessidades. E gostaríamos que não se deixasse a Itália sozinha”, disse o cardeal Bertone.

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