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Jornal literário 'Linguagem Viva" circula desde 1989





É um marco em  nossa vida literária, que deve ser comemorado a plenos pulmões, a existência, em Piracicaba do Jornal Linguagem Viva, nestes 24 nos de periodicidade mensal ininterrupta.


Fundado por Adriano Nogueira e Rosani Abou Adal em 1989, e atualmente sob a batuta desta, o Linguagem Viva traz esperança a tantos que vivem por um lugar ao sol, tantos que escrevem diuturnamente, e permanecem no anonimato dos leitores, mantendo acesas as esperanças de autores, na divulgação da criação literária.

Parabém Rosani Abou Adal!

Aliás estivemos juntos, mais o escritor Sérgio Valente, conversando no lançamento do livro "Embarque Literário" de Ludimar de Miranda.



Rosani é uma mulher aparentemente sem paradigmas que tolham  a busca do novo na forma que vier.

Conversamos sobre a situação da leitura  sobre leitura no meio do povo.

Não sobraram críticas às modernas tecnologias de comunicação que vem nos celulares, a ponto de gerar a "ausência coletiva", situação em que a multidão reunida não se comunica pois está sob o efeito de uma pequisa na internet, ou ouvindo algum som, ou escrevendo no Face, menos lendo um livro.

Identificamos que também existem os que permanecem lendo nos trens do metrô e ônibus, em meio a falta de luz e excesso de gente se apertando.

Rosani caricaturava  uma pessoa no vagão levantando o livro cada vez mais, para capturar um pouco da luz, como que indicando as grandes dificuldades para a leitura.

Passamos para o livro virtual, como alternativa para um novo tempo.

E, não sei se de forma bucólica, voltamos sempre a reconhecer que o livro, em seu formato impresso, é o que nos traz o maior deleite de usufruto. Este nunca desaparecerá.

Sérgio Valente entrou nas searas teológicas afirmando que está realizando um estudo sobre Tomé, apóstolo e Santo.

Mostrou facetas do apóstolo que passam despercebidas, como o fato de Jesus convidar a tocá-Lo, ele que pedira para Maria não fazê-lo, pois ainda não tinha subido ao Pai.

Mistérios para serem refletidos em leituras teológicas.

Lembrou de outras passagens, mostrando bom conhecimento da Palavra de Deus, sob um ponto de vista novo, como a de Tomé dizendo a Jesus "para ir morrer juntos em Jerusalém". Os outros discípulos desincentivaram Jesus a ir, mas Tomé não.

Afirmou que Tomé era também carpinteiro, como Jesus, e que talvez "seja possível que se conhecessem antes, uma vez que Jesus também o era".

Bem, imaginem esta conversa correndo solta na mesa do Braseiro, restaurante do nosso anfitrião Ludimar de Miranda. Como sempre ocorre nos lançamentos, Ludimar teve pouco tempo para se achegar a nós, pois era requisitado a todo tempo.

Fico por aqui.

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