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Governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, tem política de segurança pública desastrosa e violenta




O que a cidade de São Paulo assistiu ontem, 28/10/2013 pela TV, foi um espetáculo do descontrole a que a nação está chegando.

Primeiro um militar mata gratuitamente um jovem trabalhador e inocente.

E não adianta nada o Governador vir a público dizer que o militar está preso, pois ele, governador, é o responsável direto por isto.

E aqui deve-se colocar a questão das velhas estruturas da ditadura militar que teimam em persistir até os dias de hoje.

E levantamos uma questão: Teria sido uma provocação, para o povo sublevar-se?

A comoção gerada pela morte do jovem irradiou-se por todo o bairro, fazendo com que muitos amigos, jovens, traficantes (nestas horas eles estão presentes), partissem para o quebra-quebra, com incêndios de ônibus e caminhões.

A Rodovia Fernão Dias foi tomada.

Pudemos assistir em tempo real um grupo se apossando de um caminhão e o dirigindo.

Os incêndios foram televisionados igualmente.

Estranha a ausência do policiamento e do Corpo de Bombeiros, e sua aparição tardia.

É de se supor se não estariam interessados em ver o circo pegar fogo, para depois aparecerem como paladinos da moralidade, ou, no mínimo, instigadores de golpe de estado.

O Governador do Estado, Geraldo Alckmin é o responsável direto por este acontecimento: não fez um combate sistemático ao tráfico, cono está sendo feito no Rio de Janeiro, estando as estruturas do crime em São Paulo inteiras.

Os bairros estão sob o controle do tráfico.

Estou cansado de ver isto por aqui.

Muito pouco treinamento do policiamento militar, também margem  a constantes atos de abuso de poder.

Não gosto de admitir, mas o mal exemplo dos black blocs está se irradiando para a juventude sem perspectiva, que vê um Brasil crescer à sua frente sem poder participar dele.

Temo pelo retrocesso político no país.

Um governo progressista, em seu terceiro mandato, malgrado o esforço por inserir com algum sucesso, novos contingentes de famílias pobres a um patamar social mais elevado, ainda assim não atende a demanda geral que clama por saúde, moradia, educação.

E a velocidade do clamor por mudanças é muito maior do que aquela que o Estado, como um todo,  está a oferecer.

O risco de um golpe militar vai aumentando, conforme a situação se expande por bairros até então tidos com não tão perigosos, e se degenera em quebra-quebra.

Não creio que as Forças Armadas assistirão esta situação continuar até sair do controle.

A sociedade brasileira dos século XXI é potencialmente muito mais carregada de expectativas de anseios por uma vida melhor, com uma impaciência notável.

Caso o governo federal não assumir o controle disto, e implementar com rapidez as mudanças que a nação clama, poderemos retroceder nas poucas conquistas  obtidas.

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