Amy Winehouse e o fascismo na Noruega: duas consequências de uma mesma causa
A causa é a sociedade européia, gananciosa mas envelhecida, prepotente mas decadente, puritana mas cada vez mais globalizada, enriquecida mas em crise crônica.
De um lado uma jovem cantora que não soube combinar a ordem institucional, a estrutura da mídia musical, com a discriminação e a falta de perspectivas para a juventude.
De outro, um lunático perfeccionista marchando em ordem unida como se o mundo fosse branco de olhos azuis.
A morte é o ponto comum, que os ronda, e a nós, alertando sobre o fim dos tempos, sobre os ideais que morrem cedo, e a intolerância como solução falsa.
O fascismo é a bebida de Amy, e a bomba é a Amy na mente do terrorista, que se sente "sujo".
Em seu purismo patológico, programara dormir com duas prostitutas e tomar um vinho francês antes de matar inocentes. Depois, esquecendo-se de sua contaminação, proclamaria a raça pura.
Em sua angústia existencial, de ver um mundo que explorava sua naturalidade, Amy tinha na bebida uma confidente confiável para afogar tudo até apagar. Apagou.
A sociedade que usa e descarta, explora legalmente, que exalta e esquece, é a raiz destes males.
Esta sociedade esconde-se das culpas, mas está na origem destes males.
A consciência, seja socrática ou platônica, aristotélica ou marxista, cristã ou existencialista, seja qual for, é o caminho que pode abrir uma brecha, clarear o horizonte poluído.
Esta consciência é mal vista porque nos acusa de ignorantes, obtusos, alienados.
Entretanto, ela é a saída que nos convida a encontrar o Belo, a Verdade, a Justiça, a Igualdade, o Amor, a Paz.
A consciência é a única capaz de realizar o Grande Encontro.
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