Versos Destruídos




Eu gostaria de ter alegria para contagiar o mundo

Mas me suporto em silêncio com minhas dores.

Como sonho com a esperança de um dia ver um mundo novo

Enquanto corrôo-me em incertezas.



Vivo como se estivesse etéreo

E um peso prensasse o cérebro

Lembrando-me das grandes securas humanas



Meu coração anda fraco

Sempre foi fraco

Tímido e fraco.



Os grandes têm sorrisos dominadores e falsos.

Eu nem sorrio nem choro

Fico ermo de nada e de tudo

Caminho por se criar

Terreno sem pisar.



Este tempo não se reconhece

Este espaço está desaparecido

Este eu não se pergunta,

Imobilizado atônito

Sem saber

O que falar

O que ver

O que escutar

Tenho uma vontade

Indecifrável de deixar tudo como está

Reconhecendo a incapacidade de mudar

De ver a luta oficializar-se

Em bandeiras arriadas.



Mal rezo

Mal prezo

Desprezo



Os horizontes perderam o sol

Os poentes cresceram escuros

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