cantando pelas ruas.
Os derrotados
não abandonarão
suas casas.
As manchetes
serão desprezadas.
Tudo porque
as notícias
deixaram
de ter
importância.
Queriam um justo ferido?
Uma inocente estuprada?
Um sequestro?
Atentado?
Queriam motivos
para evitar
um encontro
pessoal?
Perderem-se
no trivial?
Pois bem
a consciência
cansou-se.
Os terroristas
não aterrorizam mais.
Os corruptos
não nos tornam
mais indignados.
Os políticos
nos nos convencem
do vazio.
Ficaram em seus discursos
fanatismos
golpes.
Ficaram
em molduras
póstumas,
vocabulários
requintados
futuros desejados.
O presente
inexistente
de um futuro
ansiado.
Um passado
resistente
de um presente
cansado
Para ter estas novidades
melhor não ter nada
diante da vida.
A vida
conserva
uma superioridade
que destrona
conflitos
guerras.
Iguala-se
ao calor
das tardes
quentes
A vida não se sujeita
à violência
ao abandono.
Busca a paz
e o encontro.
Vivo, hoje
um mundo
sem notícias.
As grandes
apelações
esperanças
mentiras
estão destinadas
ao lixo da História.
É preciso repor o sol
na colina mais elevada
e sustentá-lo
com varais
e roupas
por secar.
Espalhar os rios
nos contornos de seus leitos
para que enxaguem
o rosto da terra
ressequido.
assoprar nos vales
o hálito
das flores
do campo
e despertar os moinhos
de seu sono
milenar.
A vida
proclama
a simplicidade
a paz
o silêncio.
A vida
conclama
aos jornais
estamparem
páginas
em branco.
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