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Paquistão: jovem cristão é assassinado por patrão muçulmano


Obtido pelo Zenit
Temor diante da abolição do Ministério para as Minorias

ROMA, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011  O abuso e a violência contra cristãos no Paquistão não param. Desta vez, a vítima foi Imran Masih, um jovem cristão do Punjab, torturado e assassinado por seu patrão, um rico fazendeiro muçulmano.

O que aconteceu foi denunciado à agência Fides pela All Pakistan Minorities Alliance (APMA), uma organização que trabalha para proteger os direitos das minorias.

"Estes episódios ocorrem em um contexto de discriminação social e religiosa, em que os ricos muçulmanos acreditam que podem dispor da vida dos cristãos, que são os últimos na escala social; são tratados como objetos e são vítimas indefesas das violências", declarou a organização.

Imran Masih, de 24 anos, residente na aldeia de Nut Kallan, tinha sido contratado há dois anos como motorista de Mohammad Masood, um rico proprietário de terras no distrito de Gujranwala, no Punjab.

No sábado, 5 de fevereiro, Imran não foi ao trabalho por motivos de saúde. No dia seguinte, no seu regresso, ele foi espancado e torturado até a morte.

Masood e seus cúmplices entregaram o corpo de Imran ao seu pai, Lal Masih, também empregado na mesma fazenda, explicando que o jovem havia cometido suicídio.

O pai não acreditou nesta explicação e, diante dos sinais evidentes de golpes no corpo do filho, foi até a delegacia para denunciar o assassinato.

A polícia local tentou convencê-lo a não registrar a queixa e só depois da intervenção dos ativistas da APMA, que organizaram uma manifestação pública em Gujranwala, bloqueando as ruas, foi oficialmente registrada a acusação de homicídio contra Mohammad Masood e dois cúmplices.

"Em casos como este, podemos constatar o silêncio das autoridades civis - explicaram fontes da Fides no Paquistão. Nós nos sentimos como cidadãos de segunda classe."

"A figura do ministro federal para as minorias religiosas é útil para a comunidade cristã, para poder ter um interlocutor do governo e para chamar a atenção nacional sobre as condições das minorias religiosas. Por esta razão, queremos que o Ministério não seja abolido", disseram eles.

Após a renúncia do governo de Raza Gilani, espera-se a formação de um novo governo com menos ministérios. Provavelmente se abolirá o Ministério para as Minorias, que se transformará em um departamento do Ministério de Assuntos Religiosos.

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