Eu não estava aqui, eu não sentei à mesa, não dirigi a palavra. Eu deixei correr o que acontecia sem me opor. Eu não parecia estar presente, não observei como devia. Eu olhava para mim, como o único. A realidade foi sendo desenhada desenganada, até desaparecer... Eu fingi não ser comigo, segui como se tudo estivesse bem... Hoje trago a feição inexpressiva, o corpo coberto, a boca fechada. Hoje nada tem sabor. Busco-me em mim e não mais me encontro.
o cotidiano contado e meditado