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7 de setembro: anarquismo se utiliza das redes de internet para fazer oposição ao Governo.

Estamos assistindo a um festival de movimentos "espontâneos" que "surgem do nada", em oposição ao Governo Dilma, e em Brasília, contra a não cassação do mandato da esposa de Roriz pelo Congresso Nacional, com passeatas organizadas pela internet, nos facebooks da vida.

Demonstram uma grande aversão aos políticos, aos partidos, à corrupção, e se apresentam como opositores às estruturas do estado.

Impedem que se ergam bandeiras de partidos, até os mais à esquerda, pois sua repulsa a qualquer entidade organizada é grande.

Paradoxalmente aceitam a Igreja Católica e a OAB, possivelmente por considerarem que elas não possuam posicionamento político partidário, o queé um engano.

É de se constatar que estes movimentos já vinham acontecendo nos 7 de setembro, mas neste em particular, mostrou mais força.

Uma questão fica no ar:

Porque o movimento organizado não ocupa também este espaço, para retirar a exclusividade destes movimentos de tendência anárquica, e abra também outras alternativas reivindicatórias?

Porque existem reivindicações importantes que poderiam ser colocadas no 7 de setembro, e se disputariam espaços com estas expressões políticas pequeno-burguesas de caráter anárquico.

Vale dizer que estes movimentos estão se consolidando no mundo inteiro, e correm paralelo a tudo e a todos.

Sabemos também que os grandes interesses internacionais se utilizam destes "espontaneísmos" para mudar governos e desestabilizar nações.

Toda atenção é pouca.

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